domingo, 1 de março de 2009

UM LENÇO QUE ACENA

Um lenço que acena
É uma distância que fica
Dos dias que passam
Do tempo que corre
Do sino que bate
Da luz que se apaga
Um lenço que acena
É uma lágrima que corre
Que deixa um peito trancado
Que dói sem ter cura
Que vive um só sonho
Que deixa somente um “Q”
Um lenço que acena
É uma oração feita
É uma promessa que se paga
É um Deus que não diz nada
É um inferno sem fim
Um lenço que acena
É um lenço que vibra
Um coração já cansado
Uma incerteza que fica
Uma esperança quase morta
Um sorriso que fica
Uma fisionomia viva
Um adeus que ficou
Um lenço que acenou.

Oigres 29/10/1971

Um comentário:

  1. Lindas, primas mais que querida, o blog estaa simplesmente emocionante! Grande Beijo Karen Calliari de Freitas

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